segunda-feira, março 21, 2005

Mulheres desfilam em Havana pela libertação dos opositores políticos presos

Governo cubano fez saber que não fará “concessões” e não permitirá a libertação dos “mercenários ao serviço dos Estados Unidos”

Trinta mulheres, mães e mulheres de dissidentes presos, desflilaram em Havana pela sua libertação.

Há dois anos a televisão cubana anunciava a prisão de 75 adversários políticos do regime, incluindo três dezenas de jornalistas, escritores, poetas, economistas e activistas cristãos, acusados de “actividades conspirativas”. Estes, acusados em tribunal de “mercenários ao serviço dos estados Unidos”, foram condenados a um total de 1475 anos de prisão e distribuídos pelas penitenciárias, algumas delas a 900 quilómetros das suas casas. Catorze foram libertados entretanto por pressões da Comunidade Internacional.

As “Damas de Branco”, como são conhecidas as mulheres por se vestirem de branco nas suas manifestçaões, entregaram uma carta à União dos Jornalistas em Cuba, pedindo a atenção para a sua causa já que consideram que eles “têm tampões nos ouvidos e andam só por onde o Estado os deixa”.

As prisões em 2003 e o fuzilamento de três cubanos que tentaram fugir da ilha, isolaram ainda mais Cuba da Comunidade Internacional e da União Europeia que adoptou um conjunto de sanções políticas, mas logo concedeu uma oportunidade ao regime de apresentar progressos em matéria de direitos humanos, ao que Havana não tem correspondido.

Felipe Pérez Roque, o chefe da diplomacia cubana, afirmou que o seu país não fará “concessões” e acrescentou que o seu Governo “não permitirá” a formação de organizações, de partidos ou de jornais de oposição, qualificados como “mercenários ao serviço dos Estados Unidos”.

Com efeito, o opositor cubano e promotor do “Projecto Varela”, Oswaldo Payá, acusou o Governo de “violar sistematicamente” os Direitos Humanos, retratando ao mesmo tempo um cenário de horror nas prisões cubanas, numa carta à Comissão dos Direitos do Homem.

“Há prisioneiros que se mutilam e que cortam as veias, que se injectam com petróleo e se suicidam, enforcando-se, para escapar ao horror”.

A Amnistia Internacional pediu, na passada semana, a “libertação imediata” dos 61 opositores políticos ainda presos.

Fonte: Público

Atletas portuguesas conquistam bronze nos Campeonatos Mundiais de crosse

Selecção lusa foi a melhor europeia na competição

A selecção feminina portuguesa venceu a medalha de bronze colectiva na corrida longa dos 33º Campeonatos Mundiais de crosse, em Saint-Galmier, que terminaram ontem.

A equipa portuguesa, já campeã da Europa em Dezembro passado, correspondeu ao título de melhor selecção europeia cortando a meta depois da Etiópia e do Quénia, e subindo ao pódio com uma vantagem de 36 pontos sobre as suas imediatas concorrentes.

O ouro coube, então, à Etiópia que arrecadou 16 pontos, seguindo-se a prata conquistada pelo Quénia (22p), a medalha de bronze para Portugal (86p) e as quarta e quinta classificadas foram o Japão (122p) e os Estados Unidos (122p) respectivamente.

A destacar ainda o nome de Anália Rosa, a melhor europeia na categoria individual ocupando o 15º lugar com 28m05s.

Fonte: Público